quarta-feira, 9 de junho de 2010

Conectividade e Conectivismo

A conectividade apresenta-se como uma ferramenta essencial à aprendizagem, na medida em que ‘mostra’ a interacção da pessoa na rede. Este conceito, ganhou contornos e passou a ser falado por vários autores como: Castells, que ao qualificar a conectividade de autodirigida (capacidade de qualquer pessoa para encontrar o seu próprio destino na Rede) criou uma nova Rede, na qual a pessoa publica aquilo que cria; Salvat, ao referir a importância da conectividade em facilitar o acesso à informação, concluindo que ao enfrentar um problema, a nova geração pensa uma solução que passa pelo uso das TIC; e Siemens que enaltece a criação de padrões úteis de informação (para além do simples estabelecer de conexões entre fontes informativas) com a finalidade de inovar.
Siemens propõe ainda uma nova teoria, o conectivismo, assente em 7 pilares, no entanto considerar esta uma teoria de aprendizagem aparenta ser algo sem fundamento, apesar da importância da conectividade na era digital, conforme diz o autor: as conexões que nos permitem aprender mais são mais importantes do que o nosso estado actual de conhecimento.
Com isto, concluímos que o conectivismo tem como base as informações em constante mudança, e que uma das capacidades a desenvolver na era digital é a de estar susceptível às mudanças de novas informações.


Bibliografia
Carvalho, Ana Amélia Amorim (2007). Rentabilizar a Internet no Ensino Básico e Secundária: dos Recursos e Ferramentas Online aos LMS.

domingo, 25 de abril de 2010

Educação e Internet

VÍDEO

FACILITAR O DISCURSO

A presença do Professor, tem como tarefa determinante facilitar o discurso (com significado de processo ou capacidade de argumentação – American Heritage Dictionary, 2000). O discurso, não facilita apenas a criação de questões, como também o meio no qual os alunos desenvolvem seus próprios pensamentos ou ideias contrárias com o professor, ou com outros estudantes.
Estes conflitos, oferecem a exposição da dissonância cognitiva, que segundo a teoria Piagetiana é fundamental para o crescimento intelectual.
A primeira tarefa do professor de e-learning, é desenvolver um sentimento de confiança e segurança, de modo a facilitar o desenvolvimento da comunidade electrónica.
Ao ler e responder os comentários dos alunos nos posts, o professor desenvolve um sentimento de confiança e segurança, quando tal não se verifica, os alunos sentem-se inseguros e constrangidos.
Quando os grupos de discussão são liderados por alunos moderados verifica-se níveis de participação, motivação e satisfação dos estudantes muito elevados. Mas os alunos, não têm as competências necessárias para levarem a cabo com êxito, as discussões na turma, sendo de grande utilidade a presença do professor modelador nas primeiras discussões de modo a desafiar os estudantes a participarem com perguntas e comentários às questões colocadas.

O PROCESSO DE ENSINO NUM CONTEXTO DE APRENDIZAGEM ONLINE

O processo de aprendizagem e ensino num ambiente online, em muitos aspectos é encarado como qualquer outro contexto educativo formal, em que pressupõe os níveis normais a nível de necessidades, conteúdo, actividades e avaliação dos aprendentes.

A característica mais atractiva neste tipo e aprendizagem online, é a capacidade para se tornar versátil o tempo e o local da interacção educativa.

Garrison, Andreson, Archer (2000), ao apresentarem um trabalho sobre ensino-aprendizagem online, referiram o modelo de «comunidade de aprendizagem». Este modelo implica que para haver uma aprendizagem profunda e significativa, deve existir 3 tipos de presença.

1º - Presença Cognitiva – em que se baseia e define pelo estudo de um determinado conteúdo, desenvolvendo as capacidades do pensamento critico.

2º - Presença Social - consiste na criação de um ambiente de apoio, onde os alunos se sintam à vontade e seguros para poderem exprimir as suas ideias em contexto colaborativo. Quando não se verifica este tipo de ambiente, os alunos não partilham seus pontos de vista com os colegas e professor.

3º - Presença de Ensino – este tipo de presença é fundamental na Educação formal. Anderson, Rourke, Archer e Garrison(2001) apresentaram 3 papeis críticos desempenhados pelo professor na presença de ensino.

1º - Concepção e organização da experiência de aprendizagem,

2º - Concepção e implementação de actividades que dê origem à discussão entre os alunos, grupos de alunos e alunos e professores e fontes de informação,

3º - Quando o professor contribui nos conteúdos através de uma variedade de formas de instrução directa. A presença de ensino, nem sempre é tarefa do professor, pode também ser delegada nos estudantes, quando estes contribuem para o desenvolvimento da comunidade educativa.


Este modelo de ensino aprendizagem, pode ser muito enriquecedor, dependendo da maneira que os alunos manuzeiam o tempo, espaço e no modo como interagem uns com os outros.